A sucessão do prefeito Luiz Marinho está a todo vapor. A disputa, embora indefinida, já mostra uma predileção do público por Alex Manente que lidera todos os cenários há cerca de um ano.

A grande incógnita é quem irá disputar um possível segundo turno com o deputado federal Alex Manente. Nessa briga direta estão o deputado estadual Orlando Morando e o ex-secretário de Serviços Urbanos e ungido de Marinho, Tarciso Secoli.

Os petistas andam em polvorosa, uma vez que Tarciso Secoli não atingiu o patamar que julgam ideal nessa altura do campeonato. Mas isso também se explica pelo freio de mão puxado da administração municipal em ir às ruas pelo ungido do prefeito, mas até isso tem uma clara explicação: Marinho deseja ser não somente o mentor, mas também o principal cabo eleitoral de Tarcisio Secoli, que de acordo com projeções otimistas deve chegar sozinho aos 13 ou 15%, o restante viria da atuação direta do alcaide Marinho, que, segundo informações do Paço, deve licenciar-se no próximo mês de agosto para fazer campanha corpo a corpo, diuturnamente por seu protegido.

A intenção de Marinho é ser para Tarciso Secoli o que Lula foi para ele, o que Maluf foi para Celso Pitta e o que Quércia foi para Fleury.

Vereadores do PT que conversam com o prefeito destacam que ele não cansa de dizer que para fazer política é necessário sangue frio e ter nervos de aço. Marinho joga nesse projeto seu prestigio dentro do PT, onde hoje é um dos cinco nomes mais influentes da legenda na esfera nacional. Uma derrocada nessa empreitada coloca em risco os projetos futuros imediatos, como a disputa da sucessão do Governador Geraldo Alckmin. Joga as fichas na aprovação que sua administração vem ganhando entre mais de 50% do eleitorado.

Orlando Morando fragorosamente derrotado em 2008, se omitiu da eleição de 2012, refugiou-se na campanha de José Serra na Capital, onde também foi pé frio, Fernando Hadad levou a prefeitura. agora se apresenta como candidato de oposição, mas sem proferir nos últimos oito anos qualquer censura pública ao prefeito Luiz Marinho ou à sua administração. Ainda enfrenta a possibilidade de William Dib (seu criador) de apresentar o nome na convenção do partido. Portanto, não é falso dizer que Orlando Morando poderá não será inteiramente 100% o candidato do PSDB a estar nas urnas. A possibilidade existe e é real.

Caso consiga sagrar-se mesmo o candidato oficial do PSDB, Orlando Morando enfrentará a rejeição e o fato de ter traído.
Além de liderar todos os cenários conforme destacado no inicio Alex Manente conta a seu favor o fato de ter integrado a Comissão da Câmara que analisou o impeachment da presidente Dilma Rousseeff, e também foi escolhido pelos Estados Unidos para um seminário sobre Governança, o que denota prestigio e experiência.

Aldo dos Santos é o candidato ideológico representando o PSOL que tentará pela primeira vez eleger um vereador na cidade.

Os eleitores e leitores ao analisarem as pesquisas devem se atentar para o grande número de indecisos e descontentes com a política que cristalizam a vontade de não votar em nenhum dos pleiteantes. Poderão ser nessa eleição, o grande fiel da balança.
Outro desejo quase inconfessável do prefeito Luiz Marinho é o de enfrentar Orlando Morando no segundo turno. Vale apontar que ex-integrantes de sua administração e da sua bancada de sustentação passaram apoiar o deputado estadual sem perder um único cargo no governo. A desculpa de manter a governabilidade não cola mais.

Como se diz: entre o céu e a terra existem mais mistérios do que possa imaginar nossa vã filosofia.

Donizetti de Souza é jornalista e articulista político.