Cidades Mauá

Linguagem das mãos e do coração


Postada em 04/05/2016 às 17:10
Por Prefeitura de Mauá

Quando deficientes auditivos entram no Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, Darlene Reis é a primeira a ser chamada para atendê-los. Funcionária do principal hospital da cidade há três anos, fez curso de Linguagem Brasileira de Sinais – Libras – há um ano e meio. A formação é oferecida pela Prefeitura de Mauá, por meio da Secretaria de Educação, a servidores municipais. 

A lembrança imediata, entretanto, não se deve apenas ao fato de Darlene ter feito a capacitação. E também não só por ocupar um cargo de linha de frente; ela é oficial administrativo e, atualmente, uma das líderes da recepção, a porta de entrada do hospital. O destaque da funcionária no atendimento a pessoas com surdez precisa ser atribuída a sua sensibilidade e atenção especial aos portadores da deficiência. 

Darlene, assim como toda a equipe treinada para atender esse público, faz o acompanhamento integral dos pacientes, do momento da entrada deles no hospital até a efetuação da alta médica. Faz parte do protocolo acolher, levar às consultas, à sala de medicação, conduzir para a realização de exames e, ainda, para o retorno médico. 

No entanto, não basta seguir os padrões. Darlene faz o trabalho com empenho e diz ser extremamente recompensador, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional, ser incumbida de auxiliá-los. “Eles agradecem, ficam felizes e até me cumprimentam na rua, como é o caso de um casal que teve bebê na metade de 2015. Na época, orientei o pai quanto às documentações necessárias para o registro da criança. Semana passada, recebemos um rapaz machucado e fiquei ao lado ele do começo ao fim”, contou. 

O interesse de Darlene pela Linguagem Brasileira de Sinais surgiu há alguns anos, quando ela ainda estava em uma empresa de Telemarketing. Durante certo período, fez o serviço de intermediação surdo ouvinte, no qual operava um sistema específico para interlocução com esse público. “Eles tinham curiosidade de saber quem fazia o atendimento, então passaram a nos visitar e eu os recebia. Não à toa, fui uma das primeiras a me interessar pelas aulas oferecidas pela Prefeitura de Mauá.” 

Filha de pai metalúrgico, depois professor, e de mãe dona de casa, a servidora nasceu em Santo André. Há 17 anos, desde o casamento, mora na Vila Nova Mauá com o marido, Valmier, e três filhos: Vinícius de 16 anos, Sofia de 11 e Heitor de três. Mas, apesar de mãezona, não abre mão de estar no mercado profissional para fazer o que mais gosta: lidar com gente. “Com o nascimento do Heitor, tentei ficar um tempo em casa,  mas não consegui. Trabalhei como recepcionista em duas clínicas odontológicas e saí porque fui aprovada no processo seletivo aqui do Nardini”, contou. 

O plano, agora, é cursar faculdade de Gestão Hospitalar. Darlene quer dar treinamento e trabalhar com desenvolvimento motivacional justamente por se tratar de uma área incumbida de lidar diretamente com capital humano. “Agora exerço funções em que preciso ficar numa sala, pois faço escalas, controle de banco de horas, recebimento de malotes, organização de fichas, entre outras tarefas. Mas não sossego, sempre vou à recepção para ajudar.”

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá Secretaria de Comunicação Social 04/05/2016 17:10