Cidades São Bernardo

DIA DO FICO: Marinho se rende, articula e PC do B fica na base de Tarciso Secoli


Postada em 28/07/2016 às 08:49
Por Donizetti de Souza

O prefeito Luiz Marinho resolveu ir a campo sem prepostos e articulou pessoalmente a permanência do PC do B no arco de alianças do governo e na base de apoio do prefeituravel Tarciso Secoli

Com a perda iminente de um aliado histórico do petismo no Brasil, o prefeito Luiz marinho teve que se mexer e ir à luta para garantir a permanência da legenda na base do governo e no arco de alianças do seu ungido, o prefeituravel Tarciso Secoli.

Depois do indigesto almoço na semana passada realizado no Bairro do Taboão, durante o qual até celulares dos presentes foram recolhidos para que nada fosse gravado, que apavorou ainda mais os aliados, o PC do B deu claros sinais de que poderia pular deste barco a qualquer momento, depois de perder inúmeros partidos, o prefeito teve que ir pessoalmente à luta, uma vez que os prepostos afugentavam ainda mais os aliados.
Não é segredo que dirigentes dos neocomunistas já vinham mantendo conversas com os prefeituraveis Orlando Morando (PSDB) e Alex Manente (PPS). Depois de dois encontros realizados nesta última terça-feira (26) e nesta quarta-feira (27), segundo fontes palacianas, o PC do B subiu na bolsa de apostas para indicar o companheiro de chapa do petista.
Outros pontos foram discutidos, mas as respectivas fontes destacam que ainda é cedo para que sejam destacados porque ainda dependem de mais e mais conversas.
Uma coisa é certa, o PC do B que elegeu dois vereadores em 2012 (Tavares e Martins Martins) almeja, nas expectativas menos otimistas, repetir a mesma bancada com dois parlamentares, e nesse cenário destacam-se como preferência da legenda, o conhecido Gordo da Adega e o ex-petista Wanderley Salatiel.
Essa foi uma daquelas paradas que o “Ice man” Luiz Marinho não pagou para ver e chamou para si a principal responsabilidade, como. Aliás, deveria ter feito desde o início. Talvez o jogo fosse outro.

PMDB em baixa

O novo realinhamento da base política do governo, com o “FICO” do PC do B, joga mais para escanteio o indefinido PMDB que não se define.
A corrente liderada por Tunico Vieira que comanda uma ala desacreditada, desarticulada e inexpressiva da legenda da sinais de fechar acordo político como PSDB ou Alex Manente, ou seja, traduzindo em miúdos, quem aceitar primeiro jogar-lhe uma tabua de salvação.
Já a corrente liderada pelo vereador Gilberto França pleiteia indicar o companheiro de chapa de Tarciso Secoli e que é a majoritária com a maioria expressiva dos pré-candidatos a vereador, patina na articulação política.
Em se tratando de PMDB, que é o verdadeiro Frankentein da política brasileira tudo pode acontecer.

TUNICO VIEIRA

Importante lembrar que Tunico Vieira sobrevive na política desde o ano 2000, oscilando ora entre oposição e situação. Foi eleito vereador no grupo então liderado por Mauricio Soares e William Dib. Em 2004 junta-se ao petismo, sendo companheiro de chapa de Vicentinho na histórica derrota do PT na cidade. Abandonado pelo petismo depois do fracasso foi resgatado pelo então prefeito William Dib para a vida pública que lhe entregou o comando da Secretaria de Relações Exteriores. A engenharia política montada por Dib o faz ser eleito para a Câmara Municipal em 2008, para em seguida abandonar a oposição e aderir de vez ao petismo. Com o apagar das luzes do governo Marinho, como a boa e velha tática, deixa o governo arrotando candidatura própria, coisa que ninguém em sã consciência leva a sério. Seu único e inconfessável objetivo: manter carro oficial e holerite, com pouco trabalho.