As 196 famílias contempladas com as unidades habitacionais do Condomínio Residencial Mauá II, construídas no Jardim Paranavaí, por intermédio do Programa Federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, estavam radiantes com a entrega das chaves, realizada na manhã deste sábado (14). Na solenidade de entrega estiveram presentes o prefeito de Mauá, Donisete Braga, o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Gilnei Peroni, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), Marcos Rodrigues Penido, o secretário de Habitação, Rinaldo Vargas,  o presidente da Câmara Municipal, Marcelo Oliveira e outras autoridades.

Muito timidamente, a moradora Veraldina Joana da Silva, acompanhada pelo marido e duas filhas, falou sobre a emoção ao receber a casa nova. “Quero muito agradecer porque hoje é um dia de vitória e estou muito feliz, aliás, todos aqui estão, não é, minha gente?”, disse aos demais moradores, que concordaram em uníssono.

O prefeito Donisete Braga lembrou que foram muitas idas e vindas de Brasília para que essa construção virasse realidade. “Moradia significa a conquista da vida digna para muitas famílias de Mauá, que lutam pela riqueza da cidade e do país. São famílias que nasceram em Mauá ou vieram de outros estados, e saem do aluguel e da casa de parentes, muitas de áreas de risco, para realizar o sonho da casa própria”, comemorou.

Braga explicou ainda que, com a transferência de muitas famílias para o novo lar, a derrubada das casas vai abrir espaço no Jardim Cerqueira Leite para que a Prefeitura urbanize e reorganize o bairro.

Estas 196 unidades habitacionais no Jardim Paranavaí são resultado do convênio com o Governo Federal, via Caixa Econômica, para remessa de recursos do programa Minha Casa, Minha Vida. A Prefeitura desapropriou o terreno e fez todo o trabalho técnico-social. 

No empreendimento, foram investidos mais de R$ 14,8 milhões do Governo Federal e R$ 3,1 milhões do Estado. Cada unidade teve o custeio de R$ 76 mil por parte do Minha Casa, Minha Vida, e mais R$ 16 mil oriundos do programa Família Paulista.

Para Gilnei Peroni, é importante que as famílias saibam que não devem vender seu direito, já que, dessa forma, ficam excluídos dos programas federais de moradia definitivamente. “Eles receberam um dos melhores apartamentos feitos no ABC e, para isso, muita gente trabalhou pesado, inclusive com empenho direto da Prefeitura”, disse o superintendente da Caixa. 

Peroni explicou ainda que, no país, mais de 10 milhões de pessoas foram beneficiadas com 2,7 milhões de moradias construídas por intermédio do Programa Minha Casa, Minha Vida, desde 2003. Só no Estado de São Paulo são 100 mil unidades. Para o representante da CDHU, “estamos fazendo hoje muita gente feliz e quando a política é feita para o povo dá certo e é isso que está ocorrendo hoje.”

Os moradores levam na mudança histórias de vida interessantes. É o caso da Elisabete de Sales Silva, casada e com duas filhas. Há 30 anos, ela foi acolhida para morar em uma das casas do quintal do seu José Antonio da Cruz, 76 anos, no Jardim Cerqueira Leite. De lá para cá, ela comprou seu próprio lote ali perto e constituiu família, que aumentou quando seu José sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). A família de Elisabete passou a retribuir o favor com carinho, cuidados, levando ao médico e outras coisas. Hoje, Elisabete tem até a procuração dos filhos do seu José para cuidar dele. ”Eles são mais que minha família”, diz ele, “somos pai e filha”, reforça ela. No novo empreendimento continuarão sendo vizinhos.

Outra história bacana é a de Maria Natal Ribeiro, que morava há 22 anos também no Cerqueira Leite e encontrou um amor de vizinho de bairro, o operador de máquinas Luiz José Dias Barreiro. Estão casados há 15 anos. Ele foi companheiro nas dificuldades e hoje comemora a vida nova em um novo espaço. E este espaço já está adaptado com corrimãos e bancadas para receber Maria Natal, asmática e que se move com dificuldade por causa de um problema grave de coluna. Na outra casa, era um sofrimento para subir o escadão, enfrentar umidade e mofo, além do risco de pessoas estranhas passando toda hora no beco onde moravam. “Estou muito feliz, na outra não tinha documento, dessa casa agora eu tenho”, disse Maria.

“Show de bola!! Gostei muito. Sinceramente, se pudesse mudaria hoje mesmo”, comemorava radiante José Airton Mares, ao lado da esposa Angela Maria Cadena, moradores há 12 anos no Cerqueira Leite. “Muito bom! Lugar novo, tudo novo! Até o posto de saúde é perto e lá eu sofria por causa da subida”, explicou Cadena.

Vida nova - Inicialmente, vão mudar para os apartamentos 152 famílias, sendo que 44 unidades estão reservadas para remoções do Jardim Cerqueira Leite. Cada unidade tem 43,48 m², com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, tudo com piso cerâmico. O condomínio tem quatro blocos, sendo seis unidades adaptadas para pessoas com deficiência, salão de festas, playground, quadra recreativa, reservatório de água, guaritas e estacionamento para 65 automóveis.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá Secretaria de Comunicação Social 15/05/2016 09:37