Por Heitor Bisi / Fotos: Ronaldo Lima

A Defesa Civil de Diadema recebeu nesta terça e quarta-feiras (15 e 16 de dezembro) a visita do promotor nacional para a Campanha Construindo Cidades Resilientes e coordenador da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado Fernandes, e da coordenadora da Campanha Construindo Cidades Resilientes da cidade de Campinas, Valdira de Santis Mota. Eles vieram conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Prefeitura de Diadema (ação integrada entre as Secretarias de Serviços e Obras, Defesa Social e Habitação e Desenvolvimento Urbano) no combate e prevenção de desastres. As equipes das duas Defesas Civis visitaram áreas de risco nos bairros Jardim Marilene, Eldorado e Casa Grande, além dos quatro piscinões localizados na cidade (Casagrande/Piraporinha, Taboão, Mercedes Benz e Ecovias-Imigrantes) e da Central de Videomonitoramento da Guarda Civil Municipal. 

“Os integrantes da Defesa Civil de Campinas completaram o intercâmbio de informações e aprendizados iniciados nos dias 10 e 11 de novembro últimos, quando técnicos da Defesa Civil de Diadema visitaram e conheceram as ações desenvolvidas por Campinas nessa área (planejamento, estratégias e mapeamento das áreas de risco)”, afirma José Peres, coordenador da Defesa Civil de Diadema.    

O promotor nacional da Campanha Construindo Cidades Resilientes, Sidnei Fernandes, destacou o trabalho desenvolvido pela Prefeitura na área. “A remoção das famílias de áreas de risco é um trabalho de extrema importância e, muitas vezes, imperceptível para muitas pessoas”, diz Sidnei.  

Política permanente

Sidnei também destaca Diadema no constante processo de redução e prevenção de acidentes. “Na visita, percebemos que há uma política permanente para a resolução imediata e adequada dessas questões”, afirmou. 

As Defesas Civis estabeleceram, ao término da visita em Diadema, o prosseguimento do intercâmbio entre os técnicos das Prefeituras na troca de informações e experiências no combate e prevenção de desastres. 

Certificado de adesão

Diadema recebeu em 14 de outubro do ano passado, o certificado de adesão à campanha “Construindo Cidades Resilientes: minha Cidade está se  preparando”, coordenada pelo Escritório das Nações Unidas (ONU) para Redução do Risco de Desastres. O certificado é um reconhecimento da ONU para cidades que desenvolvem ações no combate à redução no risco de desastres. A obtenção do documento permitirá maior facilidade para captação de recursos e financiamentos para o combate aos desastres.

A Defesa Civil de Diadema, órgão integrante da Secretaria de Defesa Social de Diadema, se inscreveu na campanha em fevereiro de 2014. São consideradas resilientes as cidades que têm capacidade de resistir, absorver e se recuperar de forma eficiente e organizada dos efeitos de desastres, além de prevenir a perda de vidas e bens.

Construindo Cidades Resilientes

Em 2011, durante 7ª Semana Nacional de Redução de Desastres, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil - Sedec lançou no Brasil a campanha "Construindo Cidades Resilientes: Minha Cidade está se Preparando".

A campanha, cujo objetivo é aumentar o grau de consciência e compromisso em torno de práticas de desenvolvimento sustentável, diminuindo as vulnerabilidades e propiciando bem estar e segurança aos cidadãos, faz parte da Estratégia Internacional para Redução de Desastres (Eird), coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

A construção de uma cidade resiliente envolve 10 providências essenciais a serem implementadas por prefeitos e gestores públicos locais. Cinco delas têm como origem as prioridades estabelecidas em 2005 pelo Marco de Ação de Hyogo (Japão), quando 168 países se comprometeram a adotar medidas para reduzir o risco de desastres até 2015.

Entre as medidas estão a criação de programas educativos e de capacitação em escolas e comunidades locais; o cumprimento de normas sobre construção e princípios para planejamento e uso do solo; os investimentos em implantação e manutenção de infraestrutura que evitem inundações e o estabelecimento de mecanismos de organização e coordenação de ações  com base na participação de comunidades e sociedade civil organizada.

Uma das finalidades da campanha é mostrar que a redução de riscos e desastres ajuda na diminuição da pobreza, favorece a geração de empregos, de oportunidades comerciais e a igualdade social, além de garantir ecossistemas mais equilibrados e melhorias nas políticas de saúde e educação.