Por Renata Nascimento / Fotos: Ronaldo Lima e Ricardo Cassin 

A Prefeitura de Diadema aposta no trabalho conjunto para potencializar o resultado dos mutirões contra o Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus, realizados em janeiro. Para isso, desde o início de fevereiro, vem envolvendo escolas, empresas, comércios e toda a população na segunda etapa das ações para vencer o mosquito.

As atividades acontecem até 31 de março e estão divididas em cinco grupos prioritários para mapeamento, orientação e cuidados específicos. Nesta fase, o trabalho será desenvolvido pelas equipes multiprofissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e simultâneo para todos os segmentos.

O primeiro grupo prioritário é composto por grávidas do primeiro trimestre, crianças até cinco anos e pessoas acamadas. A UBS irá identificar, na região de abrangência, quantas pessoas existem nesta situação. Depois, será feita uma visita com médico e/ou enfermeiro para falar sobre o mosquito, os riscos, o que é preciso fazer e esclarecer as dúvidas.

A segunda frente de trabalho é dedicada a revisita de casas já vistoriadas, fechadas e/ou com recusa, além de pontos críticos, identificados nos mutirões da dengue. O objetivo é sensibilizar os moradores para permitir a entrada da equipe de saúde nas casas, orientar a população e, no caso de residências já visitadas, checar se o morador está adotando medidas para o controle do mosquito. Empresas, comércios e instituições religiosas serão orientadas e poderão firmar parceria com a Prefeitura para ações conjuntas de combate ao mosquito. 

Além disso, com a volta às aulas, os estudantes da rede municipal, estadual e particular também serão contemplados nas ações de prevenção. Diretores e coordenadores das unidades escolares e das UBS participarão de encontros, nos dias 23, 24 e 26 deste mês. A ideia é discutir ações possíveis, dentro do programa pedagógico já desenvolvido para os estudantes.

O quinto setor prioritário é destinado a ampliar as ações positivas que relacionam saúde e meio ambiente, como hortas comunitárias e atividades ambientes de reuso, descarte consciente de lixo e entulho, de UBSs piloto para as demais Unidades da rede municipal. Com isso, é possível diminuir as chances de potenciais criadouros do mosquito em casa ou em ambientes abertos.

Iniciativa

Toda a segunda etapa consiste em aprofundar o trabalho desenvolvido na primeira fase, diminuir casos da doença e chamar a população para eliminar o Aedes aegypti, já que a responsabilidade é de todos.

A primeira etapa das ações aconteceu entre 15 e 28 de janeiro com a realização de mutirões em todos os bairros. Ao todo, mais de 300 agentes comunitários de saúde e da dengue visitaram 68.977 residências para sensibilizar a população a colaborar com a prevenção da doença. Dessas, 36% estavam fechadas e pouco mais de mil moradores recusaram atender a equipe de Saúde.

Durante as vistorias, foram encontrados mais de 1.700 criadouros de larvas do mosquito. O principal foi a caixa d’água (22%), geralmente, encontrada quebrada, mal colocada, sem tampa e/ou com tampa diferente da original, seguida de pratinho de planta (17,8%) e vaso de plantas sem terra até a borda (7,5%). Outros recipientes com larvas do Aedes aegypti foram pneus, bebedouros de animais, calhas e ralos.

A população aprovou a iniciativa da Prefeitura. “É a primeira vez que eu vejo uma ação de combate à dengue tão intensa na cidade. A equipe está de parabéns. Agora, os moradores têm que fazer a parte deles”, comentou a moradora do bairro Nações, Sônia Teixeira. Já Lúcia Tavares fez questão de abrir a porta de casa para os agentes. “Eu coloco cloro em tudo, tomo muito cuidado”, afirmou.

Trabalho rotineiro

Durante todo o ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza atividades de “casa a casa”, orientação aos moradores, aplicação de larvicida, monitoramento de alguns locais estratégicos (como ferro-velho, borracharias e cemitérios) e bloqueios quando há casos confirmados de dengue.

Serviço:

Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Diadema

Rua Ipoá, 114 - Jardim Iamberê

Tel.: 0800 77 10 963